Comecei a ler C. S. Lewis com aproximadamente 15 anos de idade e nunca mais parei. A leitura pesada e densa de alguns de seus livros não afastou o desejo pela leitura, ao contrário, foi com esses livros que comecei a experimentar o prazer de ler em um novo e mais elevado nível que adiante desencadeou uma vontade em apreciar arte e cultura em geral.
Além de me deliciar com suas respostas e seu raciocínio brilhante, descobri que desejar conhecimento e procurar entender o universo infinito não é nenhum pecado nem atividade inútil. Na criação de seu mundo, na ficção científica ou na crítica literária, suas palavras sempre revelam a lucidez de quem sabe muito bem que não está prestando um serviço inútil.
Minha busca em Lewis era por uma alternativa a este cristianismo que domina as igrejas cristãs. Nascido em igreja, vivendo neste meio, nunca desejei deixá-lo, mas cheguei a um momento no qual a inutilidade de participar disto estava me incomodando. Foi neste clima que li “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz” e em seguida, “Cristianismo Puro e Simples”. Pra quem já teve a experiência de ler estes dois livros sabe que são transformadores. Neles o autor descarrega grandes doses de raciocínio profundo em uma visão de cristianismo que transcende o que temos visto.
Então decidi ficar, ou melhor, tentar continuar. Bem, todo cristão sabe que não se “fica” permanentemente, sempre estamos voltando, como na música da Brooke: “I know I’m filled to be emptied again”. Vamos ao externo, nos distraímos, notamos aquele vazio novamente, e então, voltamos. Fato é que continuei, e foi porque Lewis mostrou-me que este conjunto de crenças não é como os demais e não menospreza nossa frágil, (porém valiosíssima), inteligência.
Concordo em ser chamado de animal, são evidências bem convincentes, agora, irracional não dá. Sempre esbarro nisto, o que sei, (ou o que não sei), sobre a origem da minha consciência me diz muito. Ou ela vem de fora desta natureza irracional, sendo assim uma manifestação do sobrenatural, acima do natural, ou então, tudo que temos e todo o conhecimento científico e religioso ou ainda moral que construímos vem da irracionalidade natural e não faz sentido nenhum, é irracional. Falar em lógica e ciência pra que?
O ultimo livro de Lewis que li foi a nova versão de “O Peso de Glória”, com sermões do autor que tratam de temas importantes para o período no qual ele viveu. Fui surpreendido novamente por suas palavras. Sua visão a respeito da busca do conhecimento me inspira, mostra quão valioso é este momento pra mim, de estar na universidade estudando o que quero e o que me interessa, embora às vezes exagero neste “o que quero” e isto não é tão bom, mas estou livre pra usar minha capacidade e criatividade, coisa que não acontece na igreja.
Outro aspecto importante entre Lewis e eu é sobre alguns momentos de sua obra nos quais posso perceber influências da física que estava sendo construída na Europa durante sua vida. Além de ter escrito ficção científica, em “As Crônicas de Nárnia” sempre que as crianças vão para Nárnia e retornam percebe-se que o tempo passa diferente nos dois referenciais. Encontro neste fato a referência à teoria da relatividade restrita de Einstein. Ele trabalha com a visão que podemos chamar de tempo relativo, ou seja, o tempo passa de forma diferente para pessoas em condições diferentes, de acordo com esta teoria, para pessoas que estão em altíssimas velocidades ocorre o fenômeno da dilatação do tempo, ou seja, o tempo passa de forma mais lenta quanto mais essa velocidade se aproxima de “c”, a velocidade da luz (aproximadamente 300.000 Km/s).
Esta foi só uma descoberta recente minha sobre Lewis, mas acredito que tem muito em sua obra e ainda teremos muitas descobertas agradáveis, pois ele certamente escreveu para a posteridade também, cabe a nós que nos identificamos com sua escrita perpetuar seus pensamentos e sua obra que se mantém atual e poderá durar por muitas gerações.
Além de me deliciar com suas respostas e seu raciocínio brilhante, descobri que desejar conhecimento e procurar entender o universo infinito não é nenhum pecado nem atividade inútil. Na criação de seu mundo, na ficção científica ou na crítica literária, suas palavras sempre revelam a lucidez de quem sabe muito bem que não está prestando um serviço inútil.
Minha busca em Lewis era por uma alternativa a este cristianismo que domina as igrejas cristãs. Nascido em igreja, vivendo neste meio, nunca desejei deixá-lo, mas cheguei a um momento no qual a inutilidade de participar disto estava me incomodando. Foi neste clima que li “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz” e em seguida, “Cristianismo Puro e Simples”. Pra quem já teve a experiência de ler estes dois livros sabe que são transformadores. Neles o autor descarrega grandes doses de raciocínio profundo em uma visão de cristianismo que transcende o que temos visto.
Então decidi ficar, ou melhor, tentar continuar. Bem, todo cristão sabe que não se “fica” permanentemente, sempre estamos voltando, como na música da Brooke: “I know I’m filled to be emptied again”. Vamos ao externo, nos distraímos, notamos aquele vazio novamente, e então, voltamos. Fato é que continuei, e foi porque Lewis mostrou-me que este conjunto de crenças não é como os demais e não menospreza nossa frágil, (porém valiosíssima), inteligência.
Concordo em ser chamado de animal, são evidências bem convincentes, agora, irracional não dá. Sempre esbarro nisto, o que sei, (ou o que não sei), sobre a origem da minha consciência me diz muito. Ou ela vem de fora desta natureza irracional, sendo assim uma manifestação do sobrenatural, acima do natural, ou então, tudo que temos e todo o conhecimento científico e religioso ou ainda moral que construímos vem da irracionalidade natural e não faz sentido nenhum, é irracional. Falar em lógica e ciência pra que?
O ultimo livro de Lewis que li foi a nova versão de “O Peso de Glória”, com sermões do autor que tratam de temas importantes para o período no qual ele viveu. Fui surpreendido novamente por suas palavras. Sua visão a respeito da busca do conhecimento me inspira, mostra quão valioso é este momento pra mim, de estar na universidade estudando o que quero e o que me interessa, embora às vezes exagero neste “o que quero” e isto não é tão bom, mas estou livre pra usar minha capacidade e criatividade, coisa que não acontece na igreja.
Outro aspecto importante entre Lewis e eu é sobre alguns momentos de sua obra nos quais posso perceber influências da física que estava sendo construída na Europa durante sua vida. Além de ter escrito ficção científica, em “As Crônicas de Nárnia” sempre que as crianças vão para Nárnia e retornam percebe-se que o tempo passa diferente nos dois referenciais. Encontro neste fato a referência à teoria da relatividade restrita de Einstein. Ele trabalha com a visão que podemos chamar de tempo relativo, ou seja, o tempo passa de forma diferente para pessoas em condições diferentes, de acordo com esta teoria, para pessoas que estão em altíssimas velocidades ocorre o fenômeno da dilatação do tempo, ou seja, o tempo passa de forma mais lenta quanto mais essa velocidade se aproxima de “c”, a velocidade da luz (aproximadamente 300.000 Km/s).
Esta foi só uma descoberta recente minha sobre Lewis, mas acredito que tem muito em sua obra e ainda teremos muitas descobertas agradáveis, pois ele certamente escreveu para a posteridade também, cabe a nós que nos identificamos com sua escrita perpetuar seus pensamentos e sua obra que se mantém atual e poderá durar por muitas gerações.